A gastronomia francesa é mundialmente conhecida pela sua diversidade. Mas, sem dúvidas, os alimentos mais representativos desse Patrimônio Imaterial da Humanidade são os queijos e vinhos. Há quem defenda que foram justamente os franceses os primeiros a apreciarem o casamento perfeito entre o queijo e o vinho, praticamente uma arte. Os produtores de vinhos mais tradicionais defendiam a tese de que “para vender vinho, sirva queijo”.

O queijo é um alimentos mais antigos preparados que a história da humanidade registra. Mesmo sem ter o registro exato da sua origem, a história confirma que os Assírios, os Caldeus, os Egípcios e, posteriormente, os Gregos e os Romanos apreciavam o queijo  e o produziam. Atualmente, a França se destaca como um dos maiores produtores do mundo, com mais de 400 tipos de queijos produzidos no país. A diversidade é tanta que os franceses brincam que existe um tipo de queijo para cada dia do ano. Para classificar os inúmeros tipos, os queijos foram divididos em oito grandes famílias.

Queijos de Massas Moles e crosta com flora microbiana (Les Patês molles a croute fleuries), representados principalmente pelo Camembert, Brie, Chaource, Perail Fermier e Neufchâtel. Os queijos de Massas Moles e crostas lavadas (Les Pâtes molles a croute lavees), entre os quais, podemos destacar os Munster, Époisses, Langres e Livarot. Os Queijos de Massa Prensadas cozidas (Les Pâtes pressées cuites), têm como referencia os Emmental, Gruyère e Comté.

Ainda temos os Queijos de Massa Prensadas não cozidas (Les Pâtes pressées non cuites), grupo formado por Reblochon, Morbier, Saint-Paulin, Tome de Savoie e etc. Os Queijos de Cabra (Les Fromages de chèvres), mais representativos são os Chevrotin, Crottin de Chavignol, Chabichou du Poitou, Valencay e Pouligny Saint-Pierre. Os Queijos de Massa com Manchas Esverdeadas ou  Queijos Azuis (Les Pâtes persillees), representados pelo Roquefort ,Fourme d’Ambert, Montbrison e etc. Os Queijos Frescos, Queijos Brancos (Fromages Frais, Fromages Frais) e os Queijos Fundidos (Fromages Fondus), são queijos frescos, tem como representantes os fromages blancs battus, fromages blancs de campagne e les suisses e são mais utilizados na preparação de pratos e elaboração de sobremesas.

Assim como com os queijos, a tradição francesa na produção de vinhos é igualmente reconhecida. O país é o mais tradicional produtor de vinhos de qualidade e maior referência em todo o mundo, produzindo uma grande diversidade de estilos. São mais de 15 regiões vinícolas em seu território, entre as quais se destacam Borgonha, Bordeaux, Champagne, Loire, Alsácia Francesa e Vale do Rhône.

O país possui uma legislação rigorosa, o que torna o vinho francês sinônimo de capricho e rigor. Em ordem crescente de qualidade estão: Vins de Table (Vinhos de mesa), Vins de Pays (Vinhos Regionais), Appellation d’Origine Vins Délimités de Qualité Supérieure (AOVDQS) e a categoria dos melhores vinhos franceses, Vins de Appellation de Origine Contrôlée (AOC).

E como harmonizar um tipo de queijo com um bom vinho? Parece fácil, mas muitos aspectos devem ser levados em conta quando pensamos em harmonizá-los. O queijo é um alimento bem complexo pela sua variedade de texturas, sabores e odores. Por isso, temos que escolher bem para não errar na hora da combinação. Uma combinação correta provoca sensação única, uma explosão de sentidos.

Como em toda harmonização, podemos seguir por dois caminhos: enaltecer as semelhanças, encontrando as características dos queijos e associando com as presentes nos vinhos, ou por contrastes, cruzando o doce com o salgado, por exemplo. Ou seja, vinhos e queijos que tenham sabor mais neutros, são mais fáceis de harmonizar. Caso contrário, precisamos analisar bem para fazer a escolha correta. A seguir, listarei os principais tipos de queijos e o vinho mais indicado para você ter uma experiência sensorial divina!

Brie – Reconhecido como um dos melhores queijos do mundo, o brie possui a sua superfície branca e interior cremoso. Produzido inicialmente na cidade de mesmo nome, que fica a 50 km de Paris, e posteriormente em Meaux. Encaixa bem com um vinho Beaujolais ou outros tintos leves e frutados.

Camembert – A cidade de Camembert, na região francesa da Normandia, vive em função da produção do queijo com o mesmo nome. É um queijo de leite de vaca, tem uma massa mole, cremosa, de cor amarelo clara, e é coberto de uma crosta muito fina. Assim como o Brie, harmoniza com Beaujolais, outros tintos leves e frutados ou brancos (Chablis).

Roquefort – É um queijo de leite de ovelha, fabricado em Roquefort (região de Aveyron). Tem um sabor delicado, mas picante. A sua massa tem miolo de pão bolorento, o que lhe confere característicos veios esverdeados. Combina com vinhos que possuam estilos mais doces de vinho branco, como Riesling e Moscatel, e também vinhos tintos (do Sul da França) com especiarias.

Chèvres – Feito de leite de cabra e macio. Há algumas opções temperadas ou maturadas. Encaixa bem com um Sauvignon Blanc, particularmente do Vale do Loire.

Emental Grand Cru – O emental é um queijo típico da Suíça, mas os franceses também produzem uma variação do produto, com sabor mais adocicado que o tradicional. Para harmonizar, vinhos como o Shiraz, tintos do norte do Rhône ou Merlot.

Cantal – Queijo bem curado, aromático e meio duro, típico da região de Auvergne. É o único queijo francês feito com o mesmo processo do Cheddar (prensado duas vezes). Possui sabor que lembra nozes e outros tons similares, com toques de especiarias, além de notas levemente adocicadas. Forma um bom par com vinhos brancos leves e frutados, assim como tintos do mesmo estilo.

Comté – Queijo duro, parecido com o suíço gruyère, dá bons resultados depois de derretido e é muito usado em foundues. Combina bem com Champagne ou tintos e fortificados.

Reblochon – Queijo de massa mole, é tradicional das montanhas da Savoie, situadas entre a França, a Suíça e a Itália. Após passar por um processo de quatro semanas de maturação, apresenta uma pasta de cor marfim clara, fina e lisa, com alguns furos redondos e brilhantes. Harmoniza com vinhos brancos leves, como o Muscadet ou Chabils ou até tinto leve, como o Beaujolais Nouveau.

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