Podemos admirar os franceses por muitas coisas como sua culinária, moda, vinho, arte, mas não esqueçamos sua arquitetura.

A cidade de Paris tem exemplos notáveis ​​de arquitetura de todos os períodos, desde a Idade Média até o século XXI.

Para que conheça mais sobre a arquitetura de Paris, separei os estilos arquitetônicos e também os principais lugares para vê-los de perto na cidade da luz. Vamos lá!

 

  • Romano antigo

A França foi a primeira conquista transalpina de Roma, e as legiões de Júlio César rapidamente implantaram conceitos de construção romana.

Atualmente resta muito pouco da herança romana antiga, no entanto, o Musée de Cluny, apesar de ter seu estilo como gótico, preserva um pouco da antiga Roma nos banhos termais, cujos restos ainda são visíveis nos terrenos do lado de fora e no enorme frigidarium preservado (o banho de água fria), que agora é uma sala do museu.

Nas proximidades, na rue Monge, estão os vestígios do anfiteatro romano, chamado Arènes de Lutèce (século I d.C.), restaurado no século XIX.

  • Românico

O estilo românico teve sua inspiração na Roma antiga. Os primeiros cristãos da Itália haviam adaptado a basílica (antigos prédios romanos do tribunal) para se tornarem igrejas.

Poucos exemplos do estilo românico permanecem em Paris, já que, a maioria das igrejas foram reconstruídas em épocas posteriores.

O exemplo mais notável da arquitetura românica em Paris é a igreja da Abadia de Saint-Germain-des-Prés, construída em 543 a Abadia de Saint Vincent foi fundada por Childebert 1er (filho de Clovis), sob o conselho do Bispo Germain. No século VII, a igreja foi renomeada como a igreja de Saint Germain des Prés.

Os elementos mais antigos da igreja original hoje existentes são a torre (o campanário no topo foi adicionado no século XII) e a capela de Saint Symphorien, no flanco sul da torre sineira, construída no século XI.

  • Gótico

O estilo da arquitetura gótica nasceu na reconstrução da cabeceira da Basílica de Saint-Denis, nos arredores de Paris.

A Catedral de Notre-Dame (1163-1345) possui as principais características góticas compreendem arquitraves com pináculos, um trio das melhores rosáceas da França, tetos abobadados, entalhes de portal e suas gárgulas icônicas.

O estilo gótico passou por outra fase entre 1400 e 1550, denominado de gótico extravagante, que combinava formas extremamente refinadas e decoração rica.

E a Igreja de Saint-Séverin, construída na época dos merovíngios, por volta de 650, em homenagem ao monge eremita Saint-Séverin, esta igreja é a igreja mais antiga da margem esquerda.

Destruída pelos vikings, foi reconstruída no século XIII e ampliada no século XIV. Após um incêndio em 1448, Saint-Séverin foi amplamente reconstruída durante a segunda metade do século XV, no estilo gótico extravagante.

 

  • Renascimento

Na arquitetura, o estilo renascentista enfatizava proporção, ordem, inspiração clássica e precisão para criar estruturas unificadas e equilibradas.

Para criar estruturas unificadas e consistentes, o estilo renascentista enfatizou a proporção, simetria, ordem e inspiração clássica. Entre as construções renascentistas estão:

A mansão do Hôtel Carnavalet (1548 – 1560), que atualmente é um museu. A sofisticada praça, Place des Vosges (1605 – 1612), ladeada por mansões renascentistas que se erguem acima um encantador corredor com arcadas que encerra a famosa praça.

E a pequena, mas encantadora Place Dauphine (1580 – 1612), criada para acessar facilmente a Pont Neuf e a ilhota da Square du Vert-Galant, mas o que torna a Place Dauphine particularmente encantadora e diferente é a sua forma incomum triangular.

 

  • Barroco e rococó

Durante o reinado de três famosos reis franceses de nome semelhante, Luís XIII, XIV e XV, uma época do barroco francês floresceu.

O Palácio do Luxemburgo (1615- 1645) em Paris, foi proclamado o “modelo” para todas as outras estruturas barrocas da França, quando se tornou a personificação do layout aberto de três asas, com um toque revolucionário.

A construção do Museu do Louvre foi um dos principais projetos arquitetônicos de Paris do século XVII.

Nessa época o Louvre já existia tendo sido construído em 1190 como uma fortaleza composta, mas somente em 1350 foi que o castelo do Louvre iniciado por Carlos V foi desfeito e reconstruído.

Em 1527, François I decide fazer do Louvre sua principal residência parisiense. Ele destruiu a fortaleza e confiou ao arquiteto Pierre Lescot o projeto de construir um palácio moderno no espírito da Renascença.

O Louvre sofreu uma grande transição do Renascimento francês para o estilo clássico de Luís XIV. O arquiteto Jacques Lemercier, que construiu o Pavillon de l’Orloge, no estilo barroco ornamentado.

A arquitetura rococó surgiu em torno da década de 1700, em Paris, e foi usada, inicialmente, em decoração de interiores.

O rococó é um desdobramento do barroco, representando um estilo mais leve e intimista. Um belo exemplo desse estilo é o Hôtel de Soubise.

Construído em 1371 por Olivier de Clisson em terras adquiridas de fora das muralhas de Philippe Auguste. Em 1553, o Hôtel de Clisson foi adquirido por François de Lorraine, duque de Guise e sua esposa Anne d’Este, neta de Luís XII.

No entanto o estilo rococó teve um curto ciclo de vida, pois logo o movimento neoclássico começou a moldar a paisagem urbana de Paris.

 

  • Neoclassicismo

 

O Neoclassicismo começou no final do reinado de Luís XV, tornou-se dominante em Luís XVI e continuou durante a Revolução Francesa, o Diretório Francês, o reinado de Napoleão Bonaparte e a Restauração dos Bourbon até 1830.

Quando Napoleão Bonaparte chegou ao poder como Imperador, ele usou referências clássicas para validar seu sonho de Paris como o centro de um novo Império Romano.

No neoclassicismo suas estruturas possuem como base em exemplos antigos, um dos exemplos mais notáveis ​​do estilo neoclássico é o Panthéon (1764 – 1790), inspirado no Panteão de Roma e contendo os restos mortais de ilustres cidadãos franceses.

Outro exemplo é a Igreja Madeleine, construída no século XII, mas 1806 sob ordem de Napoleão I, a Igreja foi remodelada como templo classicista e pretendia ser um “Templo para a Glória do Grande Exército”. No entanto, o monumento ainda estava inacabado quando Napoleão perdeu seu posto, tornando-se uma igreja consagrada em 1842.

O Arco do Triunfo (1806-1836) também faz parte do neoclassicismo e foi encomendado por Napoleão em comemoração às suas vitórias militares.

 

  • Século XIX – Plano Haussmann

O Segundo Império foi comandado por Louis Napoleon, sobrinho do Napoleão original, em 1851, ele tomou o poder em um golpe de estado e, um ano depois, tornou-se imperador Napoleão III.

Em 1853, o agora Napoleão III nomeou o barão de Haussmann (1809-1891), prefeito da cidade, com o objetivo de reformar Paris.

O projeto que se intitulou Plano Haussmann, apresentava todos os aspectos do planejamento urbano com modificação de ruas e avenidas, fachadas de edifícios, parques públicos, instalações da cidade e monumentos.

O plano deu à cidade, sua forma atual, estabeleceu a imagem da representação popular de hoje de Paris em todo o mundo.

As principais características da arquitetura haussmanniana exibe longas avenidas arborizadas, com cafés e lojas, e apresentam edifícios com varandas de ferro forjado e janelas alinhadas com o objetivo de criar um senso de perspectiva.

É possível ver as características desse período na Place Charles de Gaulle, historicamente conhecida como Place de l‘Étoile.

A place é uma enorme rotatória de onde saem 12 avenidas, o que a faz lembrar uma estrela. O anel em torno do arco é destinado à construção de grandes palácios, hôtels particuliers, que podemos ver até hoje e que são marcadas por suas colunas idênticas e pelos jardins voltados para a praça.

 

  • Século XIX – Belle Époque 

Por outro lado, o século XIX viu o início de uma nova era na arquitetura em todos os lugares.

Em 1889, Paris foi sede de uma importante exposição internacional, a Exposição Universal, durante a qual os franceses revelaram sua mais recente conquista em engenharia, a Torre Eiffel.

A Exposição Universal de Paris de 1900 estendeu-se às margens direita e esquerda do Sena. Deu a Paris três novos marcos; o Grand Palais, o Petit Palais e a Pont Alexandre III.

O Art Nouveau foi uma tendência arquitetônica breve, mas requintada, que durou aproximadamente de 1893 até o início da Primeira Guerra Mundial.

A Art Nouveau é marcada por designs desproporcionais e voluptuosos com base orgânica (como plantas e flores) em meios como ferro forjado, vitrais e azulejos.

Esse estilo tornou-se o mais famoso da Belle Époque, particularmente associado às entradas da estação de metrô de Paris. Hector Guimard projetou todas as  entradas das estações de metrô de Paris, como a entrada da estação de metrô da Abbessess.

 

  • Século XX

O Art Nouveau teve seu momento de glória em Paris no início de 1898, mas estava fora de moda em 1914.

O Théâtre des Champs-Élysées, foi o primeiro edifício Art Déco em Paris, em 1913, pouco antes da Guerra. O movimento combinava um desenho moderno com elementos artesanais e materiais de luxo

Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, o modernismo se tornou o estilo oficial para edifícios públicos, tanto porque era novo e elegante, quanto em parte porque costumava ser mais barato construir.

O Centro Pompidou, inaugurado em 1977 como museu de arte moderna de Paris, foi construído com a aparência industrial, em estilo high tech, expressando todas as suas funções mecânicas no exterior do edifício, com tubos, dutos e escadas rolantes de cores vivas.

Na década de 1980, o Presidente Mitterrand apresentou um novo conceito arquitetônico para levar Paris ao próximo milênio.

Mitterrand é responsável pela contratação do arquiteto chinês naturalizado americano Ieoh Ming Pei.

Para a nova entrada do museu do Louvre a pirâmide de vidro do Louvre, além disso o presidente Mitterrand mandou construir também a Cité de la Musique, o Institut du Monde Arabe e a Bibliothèque François-Mitterrand.

 

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