Ao lado de Londres, Milão, Tóquio e Nova York, Paris se estabeleceu como uma das principais capitais da moda no mundo. E não é à toa, os franceses foram os primeiros a transformar a moda em uma indústria, exportando seu estilo desde o século 17, muito antes do mundo discernir o que era moda.
E graças ao rei Luís XIV, no século 17, a França concebeu um comércio de têxteis, que estava sob controle da corte real. Durante anos, a França seria o lugar ideal para encontrar materiais da mais alta qualidade, se estabelecendo como polo comercial de artigos de luxo. A criação de uma imprensa especializada em moda, em 1670, lançou a moda francesa para o foco do mundo e, definiu padrões como noções de diferentes estações da moda e também mudança nos estilos, tornando-a mais acessível para o público geral.
No século 19, com a burguesia, a moda francesa descobriu a sua relevância na sociedade, com roupas de alta costura e a inauguração das casas de cortes. Charles Frederick Worth, inglês, costureiro e estilista, dominou totalmente a indústria da moda em sua época, inventou o desfile e a grife como símbolo de status. Foi o primeiro a abrir uma loja, na Rue de la Paix, em Paris, seguido por Jacques Doucet, Paul Poiret e Madeleine Vionnet.
Ainda no século 19, as primeiras lojas de departamentos foram abertas, dando um impulso à moda parisiense. Já no início do século 20, a indústria têxtil francesa explodiu, com a criação da Vogue no ano de 1892 e com a abertura das casas de costura de Jacques Doucet e Madeline Vionnet. Ambas teriam sido influenciadas pela Art Nouveau, criando peças que dariam a tão sonhada liberdade para as mulheres, agora livres de espartilhos e anáguas pesadas, e passaram a usar vestidos leves de cortes mais abertos.
Em 1925, uma estilista chamada Coco Chanel ganhou destaque e mudou toda a dinâmica da moda em Paris. Chanel introduziu roupas flexíveis e fluídas no mercado parisiense e tornaram-se muito populares durante toda a década de 20.
Entretanto, com a chegada da Segunda Guerra Mundial, a indústria da moda francesa sofreu perdas consideraveis quando Chanel e outros estilistas tiveram que fechar suas lojas durante a ocupação nazista.
Após anos de escassez e racionamento de produtos da moda, a indústria têxtil parisiense saboreou um renascimento graças ao trabalho de Christian Dior, com seu “New Look”. Marcado pela cintura estreita e a saia com corte A que chegava até o meio da panturrilha, o pioneirismo de Dior transformou a figura feminina.
Pierre Cardin, outro estilista de renome, abriu sua casa de costura em 1950. Tinha um estilo de vanguarda, inspirados na “Era Espacial”, com formas geométricas, ignorando a forma feminina e investido em roupas unissex. Ao lado de Paco Rabanne e André Courrèges, Cardin formou a “triplice aliança” do futurismo da moda ao lançar o vestido bolha, em 1954. Além disso, foi convidado a desenhar um traje espacial para a NASA.
Pierre Balmain e Hubert de Givenchy contribuíram com a moda francesa ao abrirem suas casas de cortes após a França voltar ao centro do mundo.
Na década de 60, a juventude parisiense se viu desiludida com o estilo fino da moda francesa, optando pelo estilo casual importado de Londres. Entretanto, no final da década, o trabalho de um jovem chamado Yves Saint Laurent ajudaria Paris a recuperar o topo do mundo da moda. Saint Laurent foi o primeiro estilista a produzir roupas “prêt-à-porter” – pronto para vestir – e muitas outras marcas adotaram a mesma estratégia, que tem maior cobertura da imprensa comparado as coleções de alta costura, ou seja, as roupas pronto para vestir são muito mais lucrativas e é o que tem contribuído para longevidade da alta moda.
Durante a semana de moda de Paris, celebrada bianualmente, o crème de lá crème do mundo da moda pousa na cidade de Paris para que todos vejam o que irão vestir na próxima temporada.
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