Se tem uma cidade no mundo que preserva sua história essa cidade se chama Paris!

O cuidado que Paris tem em preservar sua história é visível pois a cidade conserva resquícios da Idade Média com alguns dos mais bonitos monumentos do mundo!

Por isso a Paris Tour BR trouxe os principais lugares que preservaram um pouco desse período histórico e que foi um marco para o crescimento da cidade, faremos uma verdadeira viagem no tempo pela Paris medieval.

​Quando falarmos em idade média lembramos muito das igrejas desse período, por isso vale a pena conhecer a Saint Chapelle que está localizada no Palais de la Cité e teve sua construção em 1246 no interior do Palácio Real, moradia da realeza até 1417.
A ideia do rei Luís IX (Saint Louis) ao mandar construir o templo era ter um lugar para sua orações e abrigar antigas relíquias de Jesus Cristo, que o rei tinha acabado de adquirir em Constantinopla, nesse período da idade média, era muito comum a importância desses objetos sagrados e milagrosos.

Na Revolução Francesa o palácio todo foi destruído, ficando hoje apenas a Capela e a Conciergerie.

A Saint Chapelle é uma das preciosidades da arquitetura gótica francesa, principal estilo arquitetônico do período medieval, sendo a mais luxuosa capela real construída na França.

Sua construção consiste em duas capelas sobrepostas, na parte baixa, vemos as paredes pintadas, predominantemente de cor azul, vermelho e dourado e com estampas da flor de lis, um símbolo da nobreza francesa e no fundo uma imagem de São Luís, o rei Luís IX.

A parte superior é composta por 15 vitrais com mais de 15 metros de altura que formam ao todo 1.113 imagens, os vitrais contam histórias da Bíblia, desde o antigo testamento até o Apocalipse, que é demonstrado numa grande rosácea.

Conciergerie também fica no Palais de la Cité, e foi originalmente um palácio da realeza e a sede da monarquia francesa durante os séculos X e XIV, mas na Revolução Francesa ela se tornou uma prisão que abrigou por pouco mais de 70 dias a rainha Maria Antonieta antes dela ser encaminhado para a guilhotina em 16/10/1793.

Como vestígio da era medieval o monumento possui as salas inferiores, na época do palácio, essas salas eram reservadas para a guarda real e outros súditos que trabalhavam para a família real.

A Catedral de Notre-Dame que quer dizer Nossa Senhora começou a ser construída no ano de 1163, mas só foi finalizada em 1345, idealizada pelo rei Luís XVII e pelo bispo Maurice de Sully foi construída na Ilé de La Cité tornando-se o coração de Paris. Uma das principais características da arquitetura gótica que está presente na Catedral são suas construções enormes, pois acreditavam que quanto mais alta era a igreja mais perto do céu ela estava.

O exterior da igreja é marcado pelos três portais que representam passagens bíblicas do juízo final, além da Galeria dos Reis da Judéia composta por 28 esculturas que ficam em cima dos portais e a rosácea da Virgem Maria.

No seu interior o estilo gótico permite a ligação da terra ao céu, sendo bem iluminado pelos seus vitrais e rosáceas que contam passagens bíblicas. Além disso no nível superior estão as duas torres de 69 metros, em cima estão as famosas gárgulas, esculturas de animais monstruosos e o campanário onde o conhecido Corcunda de Notre-Dame de Victor Hugo fez história.

Infelizmente no mês de abril tivemos a triste notícia do incêndio por isso a Catedral ainda está em reconstrução, mas só de estar em frente desse importante monumento é o suficiente para entender um pouco da sua grandeza. Conheça um pouco mais sobre a história de Notre-Dame e seu incêndio.

Outra igreja da era medieval é a Igreja de Saint-Séverin, uma Igreja Católica no Quartier Latin, sendo uma das mais antigas na margem esquerda do Sena.

Ela possui esse nome pois é dedicada a Séverin, um eremita que rezava todos os dias e em todos os momentos do ano, em qualquer estação, em um pequeno oratório rudimentar, após a morte do eremita uma basílica foi construída no local, mas foi destruída pelos Vikings, o edifício da igreja atual foi iniciado somente no século XI, embora suas principais características são o gótico tardio e datam do século XV.

Na área externa da igreja há algumas gárgulas finas e arcobotantes, seu interior possui vitrais antigos belíssimos e bem conservados e um conjunto de sete janelas modernas elaboradas e projetadas por Jean René Bazaine, que se inspirou nos sete sacramentos da Igreja Católica, além disso os sinos são majestosos e possuem um toque muito semelhante a um conhecido poema em louvor de Paris de Alan Seeger.

Outra igreja impressionante é a Igreja Saint-Germain L’Auxerrois, a história desta igreja remonta à época merovíngia, mas o edifício que conhecemos é o resultado de obras, reformas e adaptações efetuadas a partir do século XII.

No seu interior há vários trabalhos de arte, além dos vitrais datados do século XVI e mármores do século XVII. Já o órgão foi doado pelo Rei Luís XVI, originalmente para a Sainte-Chapelle, porém transferido para a igreja Saint-Germain L’Auxerrois durante a revolução.

Um dos bairros mais medievais de Paris é o bairro de Marais, seu traçado foi poupado das modernizações do baron Haussmann, prefeito da cidade de Paris durante o reinado de Napoleão III.

A rua de Francs-Bourgeois possui alguns de seus imóveis, construídos durante a Idade Média que merecem ser visitados, o que é o caso da Maison de Jean Hérouet, o Hôtel de Sandreville e o Hôtel de Soubise lindo palacete do começo do século XVIII, onde hoje funciona o Museu da História da França.

Já a rua Vieille du Temple que é uma das mais longas do Marais, servia de acesso ao Temple, verdadeira fortaleza templária no coração de Paris, que desapareceu depois que os Templários foram exterminados pelo rei Felipe, o Belo. Essa rua histórica é uma continuação da rue Filles du Calvaire.

Paris te possibilita conhecer moradias de pessoas importantes para a França, inclusive da época medieval, um dos lugares imperdíveis é a casa de Nicolas Flamel, essa casa e considerada a construção mais antiga de Paris. Flamel foi um escrivão, copista e vendedor de livros de sucesso que ganhou fama de alquimista após seus supostos trabalhos de criação da pedra filosofal.

​A casa de Nicolas e sua esposa Pernelle, foi construída em 1407 e tinha como objetivo abrigar os pobres, mas para fazer uso do lugar eles tinham que cumprir a condição de rezar pelas almas como mostrado por uma inscrição em francês antigo que está na fachada até hoje.

A casa foi listada como monumento histórico pelo Estado francês em 1911, após sua restauração em 1900, quando todos os vestígios de gesso foram removidos. Hoje em dia o piso térreo é ocupado por um restaurante, o Nicolas Flamel Inn.

Outro testemunho da Paris medieval é a torre Jean-sans-Peur ou torre do João Sem Medo que é uma torre fortificada construída em Paris no século XV e é o único vestígio do palácio de Bourgogne.

A torre possuía um hotel em torno dela que havia sido construído para o sobrinho do rei St. Louis em 1270, antes de se tornar uma propriedade dos Duques de Bourgogne em 1318.

Com 27m de altura, o monumento é a mais alta torre medieval civil visível em Paris, e mostra a arquitetura dos grandes aposentos principescos da época.

Dentro dela há uma em espiral suspensa por uma abóbada com uma decoração vegetalista, na abóbada há a representação de três flores: o carvalho, representando Philippe Le Hardi (o pai), o Espinheiro Branco, que representa Marguerite de Male (a mãe) e o lúpulo, que faz alusão ao filho, Jean sans Peur.

Nas janelas ficam os brasões da família, além disso dentro da torre ainda estão o trono e sala de reuniões de João sem Medo. Além disso, exposições temporárias sobre a vida quotidiana na idade média são organizadas regularmente.

Um dos vestígios históricos da cidade é muralha de Philippe Auguste, a mais antiga muralha de traçado completo de Paris. Foi construída pelo rei Philippe Auguste entre os anos 1190 e 1215 para proteger a cidade durante sua ausência enquanto ele lutava na terceira cruzada.

​As paredes construídas abrangeram uma área de 253 hectares e tinha um comprimento de 2500 metros no lado esquerdo e 2600, na margem direita. Nos subterrâneos do museu do Louvre ainda pode ser vista a fundação da fortaleza do Louvre, a obra que, em conjunto com a muralha, completava a fortificação da cidade.

A dica é também é conhecer o Museu de Cluny também conhecido como Museu Nacional da Idade Média, o lugar é dedicado à preservação de um rico acervo de arte medieval, ao entrar a sensação é de estar na idade média.

O museu está instalado dentro de uma mansão medieval situada ao lado das ruínas das termas gaulesas-romanas do século I. Seu rico acervo conta com exemplares de escultura gótica, pinturas, iluminuras, vitrais, jóias, marfins, tapeçarias, tecidos, bordados, armas, armaduras, pratos esmaltados, cerâmicas, enfim, tudo o que pode imaginar relativo à essa época.

Entre as obras mais importantes estão as peças de tapeçaria da série a Dama e o Unicórnio, do final do século XV, como também as cabeças originais pertencentes às esculturas da Galeria de Reis, que fica na fachada de Notre-Dame de Paris. Ainda há uma sala com os objetos da vida cotidiana na Idade Média, que nos faz ter uma ideia mais clara deste período.

As arenas de Lutèce, construídas no século I, é um anfiteatro galo-romano localizado em Paris na Rive Gauche (rio a esquerda). É um complexo híbrido, do tipo “anfiteatro de palco” ou “anfiteatro-teatro”, que inclui tanto um palco para apresentações teatrais como uma arena para combates de gladiadores e outros jogos no anfiteatro.

Este anfiteatro de palco, de um tipo comum na Gália, poderia acomodar 17.000 espectadores. O palco do teatro, no pódio, é de tamanho considerável (41,20 m de comprimento). As lutas de homens e animais ocorreram na pista elíptica central do eixo maior 52,50 me eixo menor 46,8 m.

É provável que as arenas, construídas no primeiro século, continuassem ativas até a primeira destruição de Lutécia, no final do século III. No entanto, Chilperic reparou este anfiteatro em 577.

O texto mais antigo referindo-se a essas arenas é devido ao Inglês monge Alexander Neckam, que descreve em um poema em latim o que viu em Paris em 1180. Ele cita o anfiteatro romano. Um ato de 1284 relatado por Du Boulay fala de um lugar chamado “les Arènes” na frente de Saint-Victor. Adrien de Valois publica um texto em 1675 que menciona o anfiteatro. No entanto, a arena é então enterrada e sua localização exata é ignorada. O local terá sido gradualmente apagado, especialmente pelo aterro de terra durante as valas de escavação nas muralhas de Philippe Auguste, do século XIV.

“Arènes de Lutèce, a parte norte foi descoberta em 1869, e a parte do sul desenterrada em 1883-1885, todas restauradas em 1917-1918”. Conforme a Inscrição no frontão da entrada 49, rue Monge.

Entre 1860 e 1869, a abertura da rue Monge permitiu a Théodore Vacquer descobrir e revelar os primeiros traços da parte norte da arena. Na verdade, eles foram desmatados em sua parte meridional pelas obras de terraplanagem da Companhia Geral do ônibus entre 1883 e 1885, que queriam construir um depósito de bondes. A Sociedade dos Amigos da Arena é criada para defender o local e seu valor histórico, seus partidários contam Victor Duruy e Victor Hugo.

Em 27 de julho de 1883, Hugo enviou uma carta ao presidente da Câmara Municipal de Paris para defender a arena de Lutécia, ameaçada de destruição. Ainda bem que eles conseguiram salvar esse belo monumento medieval não é?

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