Conheça a história da igreja Saint-Etienne-du-Mont

 

A Igreja de Saint-Etienne-du-Mont é muito popular em Paris, rica em história que atravessa os séculos, ela tem características que não podem ser vistas em nenhum outro lugar na Cidade das Luzes. A sua construção se deu por motivos estratégicos para a igreja católica. 

Devido ao grande fluxo de pessoas na Igreja dos apóstolos Pedro e Paulo, onde foram sepultados o Rei Clóvis e sua esposa, e também, no século VI, a Santa Genoveva. Ao passar dos séculos, tornou-se pequena para acomodar toda a população da área, e então, em 1200, o Papa Honório III autorizou a construção de um santuário dedicado ao Santo Estêvão, o primeiro mártir. 

Uma segunda vez, a igreja tornou-se pequena para comportar a população por volta de 1400, principalmente por causa da faculdade da Sorbonne, que está localizada dentro da área da construção da Igreja.  E por esse motivo, foi decidido a edificação de um novo templo. 

O terreno onde se encontra atualmente a Igreja de Saint-Etienne-du-Mont foi doada pela congregação e pelos monges da Abadia de Santa Genoveva. Os planos para a edificação  inicialmente tinham como objetivo levantar a capela-mor e a torre sineira no final de 1400, porém, as obras só começaram em 1492, com os sinos sendo inseridos na torre em 1500.  O coro foi concluído em estilo gótico em 1537, junto com a moldura e o sótão, na mesma época. E a partir de 1540, as capelas da abside receberam artistas para produzir vitrais e estátuas.

No entanto, a igreja estava sendo levantada em meio a uma Guerra Religiosa da França, onde católicos romanos e huguenotes lutavam entre si, por esse motivo o trabalho era tão lento, e só então em 1580 que a nave foi iniciada. 

A rainha de Navarra, Marguerite de Valois, esposa do rei Henri IV, colocou a primeira pedra da fachada. E em 15 de Fevereiro de 1626, a Igreja de Saint-Etienne-du-Mont foi finalmente consagrada pelo primeiro arcebispo de Paris, Jean-François de Gondi. 

Em 1631, o mestre marceneiro Jehan Buron começou a esculpir o case do órgão que abrigaria o instrumento feito por Pierre Pescheur.  Em seguida, um novo púlpito seria instalado em 1651. A igreja tornava-se cada vez mais popular como local de culto e prestígio, porém, a abadia original ainda está em pé, embora entrando em grande abandono.  

Foi então que em 1744, o rei Luís XV transformou a abadia original em um templo imponente, e mais tarde viria a ser o Panthéon de Paris, como nós conhecemos. Durante a Revolução Francesa, entretanto, a igreja da abadia foi completamente destruída.  

Em 1789, a Igreja de Saint-Etienne-du-Mont quase teve o mesmo destino que a abadia, com estátuas, vitrais e muitos outros detalhes destruídos, juntamente com uma rica coleção de pinturas e tapeçaria que foram dispersas ou perdidas para sempre.

Alguns anos depois, uma capela dedicada a Santa Genoveva seria construída na Igreja de Saint-Etienne-du-Mont. Além disso, o arquiteto Victor Baltard, em meados de 1800, restaurou a fachada do templo, e também reproduziu as estátuas que haviam sido destruídas anteriormente. 

Após a Revolução Francesa, a Abadia de Santa Genoveva foi convertida em uma escola e a igreja da abadia original foi demolida, fazendo com que o sarcófago e as relíquias da Santa Genoveva fossem transferidos para a Igreja de Saint-Etienne-du-Mont  em 1804.  

A partir dessa época, a igreja de Saint-Etienne-du-Mont permaneceu separada da abadia original, com aspectos únicos que não podem ser encontrados em nenhum outro lugar de Paris, como o revestimento do órgão e a tela do coro.  

Se você é apaixonado por história, religião ou arquitetura, esta é uma igreja em Paris excelente para colocarmos no seu roteiro turístico. 

 

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