Panthéon – Foto por Hugo Herrera.

O primeiro monumento de importância para a França, o Panthéon  de Paris, tem sua arquitetura baseada no período grego helenístico, com uma mistura renascentista e um toque barroco, isso porque ela foi feita em estilo neoclássico. A sua construção foi iniciada em 1764, encomendada pelo monarca Luís XV ao arquiteto Jacques-Germain Soufflot a criação de uma basílica em tributo à Santa Genoveva, para substituir uma antiga  abadia que foi fundada em 507 pelo rei Clóvis, o primeiro rei cristão francês, para abrigar sua tumba. Santa Genoveva, padroeira de Paris, foi enterrada em 512. A construção do novo templo foi concluída em 1790, sob a supervisão de Guillaume Rondelet, devido a algumas complicações de saúde de Soufflot. 

O edifício conta com 110 m de comprimento e 84 m de largura. A fachada, decorada com um pórtico com colunas coríntias,  foi feita em cima de um frontão triangular por David d’Angers. O frontão representa a liberdade e a proteção dos direitos à ciência, representada por grandes cientistas, filósofos, escritores e artistas, além da representação dos grandes personagens do Estado, como Napoleão Bonaparte e os estudantes da Escola Politécnica.

Interior do Panthéon -Foto por Wikimedia Commons

Este grande monumento chamado Panthéon  de Paris tem o formato da cruz grega, foi contemplado com uma cúpula de 83 m de altura, com claraboia.  Também conta com a decoração de pinturas feitas por acadêmicos, como Puvis de Chavannes, Antoine-Jean-Gros, Léon Bonnat e Cabanel.

Interior Panthéon – Foto por Sophie Louisnard em Unsplash

Após a Revolução Francesa, o monumento que havia de ser uma igreja que abrigaria o santuário de Santa Genoveva, tornou-se um lugar de homenagens para pessoas civis que marcaram a história da França. É possível encontrar mais de 70 personagens históricos repousando na cripta do Panthéon de Paris, tais como escritores, cientistas, generais e políticos. Há uma frase que homenageia a todos que ali se encontram que diz: “Aux grands hommes, la patrie reconnaissante”, o que significa:  “Aos grandes homens, a pátria é grata”.

A cripta, onde repousam os homens e mulheres de honra da França, se estende por toda a superfície do edifício. Consiste em quatro galerias, uma sob cada braço da nave.  É possível entrar pela cripta através de uma sala decorada com colunas dóricas, comuns no período grego arcaico, e à medida que se adentra as instalações, encontra-se uma vasta sala circular abobadada e a pequena sala central, no centro da construção, logo abaixo da cúpula. 

Cripta, Panthéon – Foto por Wikimedia Commons

Alguns dos personagens mais icônicos que estão na cripta são Victor Hugo, Voltaire, Marie Curie e Rousseau. Cada um com a sua contribuição para França. 

Victor Hugo – Foto por Flickr

Victor Hugo (26/02/1802 – 22/05/1885) foi um romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos francês de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras clássicas de fama e renome mundial. 

Passou sua infância sendo educado por muitos tutores e escolas privadas em Madrid e Nápoles. Considerado um menino prodígio, ainda jovem tornou-se escritor e aos 15 anos foi premiado pela Academia Francesa por um de seus poemas. Aos 17 anos fundou a revista  “Le Conservateur Littéraire”, e ganhou o concurso da Académie des Jeux Floraux, instituição literária francesa fundada no século XIV. Aos 19 publicou seu livro de poesias com o título “Odes e Poesias Diversas” (Odes et poésies diverses), com o qual ganhou uma pensão, concedida por Luís XVIII. E em 1825, aos 23 anos, Victor Hugo recebeu o título de Cavaleiro da Legião de Honra. E então, tornou-se líder de grupo de escritores. Devido ao prefácio de seu livro, Cromwell, aos 26 anos, conseguiu certo prestígio tanto entre a juventude rebelde francesa e a corte de Carlos X. Em 1831, Victor Hugo lança sua obra literária Notre-Dame de Paris, considerado o maior romance histórico do escritor. Essa obra abriu as possibilidades de explorar ficcionalmente o passado, marcando o romantismo francês.  

Após muitas conquistas e também muitas quedas, somando a perda da filha Leopoldina, Victor Hugo se dedicou aos estudos do espiritismo e veio a falecer no dia 22 de Maio de 1855. 

Voltaire – Imagem de korpiri por Pixabay

Outro personagem icônico que está no Panthéon de Paris é Voltaire(1694-1778), como era conhecido François-Marie Arouet, era um filósofo iluminista francês, também foi escritor, ensaísta e deísta. Defendia as liberdades civis, religiosas, de livre comércio e também da reforma social. 

Foi instruído por jesuítas e frequentou a Société du Temple, o que gerou seu pensamento crítico e por esse motivo viveu uma vida de constante mudança e perseguições. Voltaire tinha um pensamento livre e lutava pelo que acreditava. 

Voltaire fez várias reformas na França, como liberdade de imprensa, tolerância religiosa, tributação proporcional e redução dos privilégios da nobreza e do clero. Foi o precursor da Revolução Francesa, essa mesma que instaurou a intolerância, a censura e o aumento de impostos que financiou guerras coloniais e napoleônicas. 

Marie Curie – Foto por Wikimedia Commons

Marie Skłodowska-Curie (1867-1934), física e química polonesa, foi naturalizada francesa. Primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhá-lo duas vezes, além de ser a única pessoa a ser contemplada em dois campos científicos diferentes. Se tornou  a primeira mulher a ser professora na Universidade de Paris (Sorbonne) e também a primeira mulher a ser sepultada no Panthéon de Paris pelos seus próprios méritos. 

Estudou na Universidade Volante de Varsóvia, e lá iniciou  seus treinamentos científicos em química entre 1890 a 1891. Aos 24 foi estudar em Paris, onde obteve seu diploma de física em 1893 e continuou a fazer pesquisas em Paris. Sua carreira científica na França começou com uma pesquisa sobre propriedades magnéticas de vários tipos de aço.

iniciou sua carreira científica em Paris com uma pesquisa sobre as propriedades magnéticas de vários tipos de aço, encomendada pela Sociedade para o Incentivo à Indústria Nacional.

Ao se casar com Pierre Curie, somaram forças em pesquisas em volta do urânio e descobriram juntos os elementos polônio, uma homenagem a seus país de origem, e também o elemento rádio. Ambos cunharam o termo “radioatividade”.  Os Curies não patentearam sua descoberta e se beneficiaram pouco com esse negócio cada vez mais lucrativo.

Jean-Jacques Rousseau – Foto por Wikipedia

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), foi um dos mais importantes filósofos do iluminismo e foi precursor do romantismo. Também foi teórico político, escritor e compositor autodidata genebrino. A filosofia política de Rousseau influenciou alguns aspectos da Revolução Francesa, da  economia moderna, da política e do pensamento educacional. 

Seguindo uma cronologia em 1745 Rousseau Une-se a Thérèse Levasseur, com quem teve cinco filhos, e então os colocou para adoção.  Já em 1749, ele escreve o “Discurso sobre as Ciências e as Artes”. Em 1755, publicou o “Discurso sobre a origem da desigualdade” e o “Discurso sobre a economia política”. Em 1762, teve sua obra “Contrato Social” publicada em abril e o Emílio, ou Da Educação em maio.  No ano de 1776 ele escreveu os Devaneios de um Caminhante Solitário. Declaração da Independência das colônias inglesas na América. Já em 1778, Rousseau terminou de escrever os Devaneios. E então, em 2 de julho é sepultado em Ermenonville. Seus restos mortais foram traslados para o Panthéon de Paris em 1794. 

Quer conhecer o Panthéon de Paris? Vamos, eu te levo!

Faremos caminhadas pelo Quartier Latin, passar pelo Jardim Luxemburgo, conhecer a Universidade de Paris (Sorbonne) e então chegaremos ao Panteão, onde você verá de perto toda a história dos cidadãos franceses que gravarão seu nome na história de Paris e do mundo. 

Entre em contato conosco pelo WhatsApp: +33615287367 e faça sua reserva!