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O Château de Pierrefonds é um imponente castelo fortificado, a 95 km de Paris, cerca de 1 hr e 40 min de carro. O castelo está situado em Pierrefonds,a Sudeste da Floresta de Compiègne, no departamento de Oise.
Pela beleza e importância do Château, separei um pouco da história, arquitetura e curiosidades para você. Então vamos lá!
História
Foto: Pinterest
No século XII, já havia um castelo construído pelos descendentes de Nivelon de Pierrefonds neste local, conhecido como “le Rocher” de Pierrefonds (O Rochedo de Pierrefonds). Os vestígios deste edifício original podem ser observados na adega do castelo existente.
Dois séculos depois, em 1392, o rei Carlos VI transformou o condado de Valois, do qual Pierrefonds fazia parte, em um ducado (um território dominado por um duque ou duquesa) e o deu a seu irmão Luís de Valoís, duque de Orléans.
Luís mandou construir uma mansão fortificada, desse modo, a função de Pierrefonds nessa época era servir de vigilância das pessoas que transitavam entre Flandres e a Borgogna, feudos que pertenciam aos duques da Borgogna e inimigos dos Orleans.
Em 1396 , Louis de Orleans empreendeu a reconstrução quase total do castelo, mas as obras foram interrompidas após o assassinato do duque em 1407.
Durante o século XV, o Château de Pierrefonds foi conquistado várias vezes, caindo nas mãos de vários senhores.
Em março de 1617, durante os primeiros dias conturbados do reinado de Louis XIII, o castelo, então propriedade de François-Annibal d’Estrées, foi invadido pelas tropas a mando do duque de Richelieu.
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Em maio de 1617, o conselho do rei Luís XIII decidiu demolir o castelo, as grandes torres são explodidas pela mina, as moradias são destruídas, os pisos e estruturas são queimados.
O castelo permaneceu em ruínas por mais de dois séculos, até que em 1810 Napoleão I comprou por menos de 3.000 francos.
Neste período o castelo foi declarado monumento histórico pelo Ministério da Cultura da França em 1848.
Louis-Napoléon Bonaparte, que mais tarde Napoleão III da França, visitou o castelo em 1850 e quanto tornou-se imperador, mandou em 1857 o arquitecto Eugène Viollet-le-Duc empreender o seu restauro, que fez um projeto baseado na doutrina arquitetônica da Idade Média.
O projeto inicial consistia em proceder a uma modesta restauração das áreas habitacionais, em particular da torre de menagem, mantendo o encanto romântico das ruínas.
Mas em 1862, o imperador queria fazer do castelo uma residência de prestígio, onde pudesse receber e exibir sua coleção de armas. O prédio também será uma vitrine para as mais recentes técnicas de construção.
Para o arquiteto, já apaixonado pelo projeto Pierrefonds, as obras permitiram-lhe resgatar um exemplo da história e da arquitetura francesa do início do século XV.
No rescaldo da guerra franco-prussiana, o império de Napoleão III entrou em colapso, abrindo caminho para a 3ª República.
A restauração de Pierrefonds continuou, apesar do novo regime político. Viollet-le-Duc morreu em 1879 sem ver o cumprimento de seus planos. As obras foram interrompidas em 1885 e a decoração dos quartos ficou inacabada por falta de fundos.
A construção foi então continuada Ouradou, genro de Viollet, e continuou até 1885. No total, a obra durou quase 30 anos.
Atualmente o castelo é administrado pelo Centre des Monuments Nationaux.
Arquitetura
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- Área Externa
O Château apresenta o sistema defensivo completo de uma fortaleza medieval, com oito torres, cada uma com o nome de um personagem dos Nove Preux, como Artus, Alexandre, Godefroy de Bouillon, Josué, Hector, Judas Maccabée, Carlos Magno e Júlio César.
Uma passagem na parede ou chemin de ronde (uma passarela elevada e coberta construída sobre mísulas de pedra) liga as torres e as paredes de cortina.
Para que o castelo fosse resistente ao bombardeio de fogo, as torres de frente para o patamar (Júlio César e Carlos Magno) têm diâmetros excepcionais de 16 m e 15,50 m com uma espessura de parede de até 4,50 m. As outras torres têm diâmetros entre 10 m e 12 m.
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O pátio principal possui uma decoração inspirada no Renascimento e é formado pela Torre da menagem, a sudoeste, além do grande corpo das residências onde encontramos os grandes salões a noroeste, a parte das cozinhas a nordeste e a capela e o pátio dos suprimentos ao sul.
No meio do pátio principal, está uma estátua equestre de bronze de Louis d’Orléans e enormes salamandras, o símbolo do duque.
- Área Interna
Foto: Wikipedia
A capela foi totalmente reconstruída e é o único prédio de culto conhecido onde a tribuna está situada em cima do coral.
No cais do portal, aparecem Louis d’Orléans e sua esposa, Valentine Visconti. Acima do tímpano da capela, a figura de São Denis é acompanhada pelos companheiros São Rustique e São Éleuthère.
A torre de menagem inclui as duas grandes torres de César e Carlos Magno, todo o edifício quadrado, dividido em três quartos em cada andar, e a torre quadrada. A torre de menagem era a habitação reservada ao senhor.
A ala noroeste, abriga as salas cerimoniais, é uma réplica da ala Luís XII do Castelo de Blois, no Vale do Loire.
A famosa Sala dos Preuses que guarda a lembrança das suntuosas festas do Segundo Império e a Salle des chasses (antecâmara de armas).
A oficina do Imperador é a sala mais mobiliada da torre de menagem, incluindo a escrivaninha em que Viollet-le-Duc trabalhou.
Nela existe um lavabo escondido atrás de uma porta que funcionava como um armário. Este banheiro tinha um sistema de descarga alimentado por uma bacia cheia de água e localizada acima do gabinete.
O quarto de Napoleão III é uma sala imensamente iluminada, devido a sua posição no centro da masmorra.
Viollet-le-Duc desenhou uma decoração ornamental de painéis esculpidos onde a riqueza de figuras inspiradas em bestiários medievais rivaliza com a profusão de motivos florais. Por esse estilo, Viollet é conhecido como um dos precursores da Art Nouveau com cinquenta anos de antecedência.
A sala da Imperatriz Eugenie é uma sala alta abobadada na planta de um octógono, inteiramente pintada, no segundo andar da torre Júlio-César, acima da sala de Napoleão III.
A sala-antecâmara ocupa metade da masmorra. Sobre a lareira está uma árvore cujos galhos retorcidos designam cada um dos oito Cavaleiros da Távola Redonda, no topo, está Arthur sentado.
Curiosidades
- Primeira Guerra Mundial
Quando a Primeira Guerra Mundial estourou, o castelo foi imediatamente ocupado pelo exército alemão.
Durante este período, Pierrefonds serviria como um centro de apoio militar estratégico.
Durante o alojamento, os soldados deixaram grafites abundantes nas paredes do castelo, testemunhando a sua permanência durante a guerra. Atualmente, a maioria dos vestígios estão em áreas fechadas, alguns dos grafites dos soldados ainda podem ser vistos durante o passeio pelo castelo.
Foto: Wikipedia
- Museu
Desde 1953, o castelo de Pierrefonds abriga uma exposição permanente de esculturas de homens e mulheres famosos da história da França.
Dedicadas a “todas as glórias da França”, essas estátuas que estavam em Versalhes desde sua criação, foram transferidas para Pierrefonds na década de 1830 a pedido de Louis-Philippe.
- Filmes e séries
O Château de Pierrefonds também ficou bastante conhecido por ser cenário de vários filmes famosos.
Como nos filmes: La Vie de Polichinelle (1907), Le Capitan (1960), O Milagre dos Lobos (1961), O Mensageiro: A História de Joana D’Arc (1999), As Novas Aventuras de Cinderela (2017).
O castelo também foi cenário das séries: Napoleon (2002), The Cursed Kings (2005), Merlin da BBC (2008) e Versailles do Canal + e Netflix (2016).
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