Todo castelo (château em francês) tem o seu charme, a sua história em particular. Hoje vamos falar de um dos mais importantes do período da monarquia francesa, o château Vaux-le-Vicomte, que está situado a 55 km de Paris e motivou o rei Louis XIV a construir Versalhes. Vaux-le-Vicomte abriga muito luxo e, sobretudo, muita história em seu interior. Este castelo era residência de Nicolas Fouquet, ministro do jovem rei Louis XIV que tinha apenas 22 anos na época. O local era considerado o castelo mais bonito da França, situado entre duas residências reais Vincennes e Fontainebleau, nos arredores da capital francesa.

Hoje é um castelo privado, completamente mobiliado à época e aberto ao público. A visitação vale a pena, principalmente no sábado à noite, quando, até o dia 11 de outubro, o castelo é iluminado com mais de 2 mil candelabros que reproduzem o ambiente das festas organizadas por Fouquet. A música clássica reproduzida nos jardins e jantares finos completa o clima encantador.

A história do castelo engloba luxúria, disputa de ego e poder. Tudo começou quando Nicolas Fouquet entrou no Parlamento com 20 anos e logo se tornou Procurador Geral dessa instituição. Em 1641, ele comprou uma propriedade modesta, situada a alguns quilômetros a sudeste de Paris e decidiu construir um castelo. Para construir Vaux, três vilarejos são destruídos, o terreno é nivelado, uma plataforma é construída para o castelo e os jardins e um rio é desviado.

Fouquet chama o arquiteto Louis Le Vau, o pintor-decorador Charles Le Brun e o paisagista André Le Nôtre para a construção e decoração do Castelo, esses homens era o trio mais requisitado na época. Le Vau já havia realizado vários palacetes na Île Saint-Louis. Le Brun foi um dos fundadores da Académie Royale de Peinture. E Le Nôtre era jardineiro-chefe do Jardin des Tuileries. A obra dura cerca de cinco anos e o castelo é inspirado nos palácios italianos. Com a obra pronta, Fouquet começa a organizar diversos eventos pomposos para receber convidados importantes em seu castelo.

O glamour acerca do Château Vaux-le-Vicomte despertou o interesse do rei Louis XIV. Em pouco tempo, Nicolas Fouquet foi acusado de desordens financeiras, corrupção e complô. Então, o rei vê nas acusações uma oportunidade de exercer seu poder absoluto pela primeira vez e, em maio de 1661, decide prender Fouquet. Para isso, diz ao superintendente que gostaria de visitar o Vaux-le-Vicomte para ver os trabalhos de decoração tanto elogiados pela corte. O anfitrião decide dar uma enorme festa para celebrar a visita do soberano. A festa havia sido preparada pelos mais prestigiosos profissionais da época como o famoso chefe Vatel. O serviço da mesa do rei era em ouro maciço. No jardim, mais de 120 fontes e cascatas divertiam os convidados, que puderam assistir, também, à peça Les Fâcheux, criada por Molière especialmente para a ocasião.

Essa festa e toda a luxúria de Vaux-le-Vicomte despertou ainda mais a inveja e as suspeitas de Louis XIV.

Três semanas após o evento, Fouquet é preso em Nantes por d’Artagnan, capitão dos Mosqueteiros a pedido do Rei. O Superintendente é levado para um tribunal e não tem nem direito a um advogado, ele mesmo faz a sua defesa, mas faz de forma brilhante! Após três anos de processo, Fouquet é condenado ao exílio, mas o rei desapontado com a sentença muda a pena para prisão perpétua. Seus bens são sequestrados e ele vai para a prisão de Pignerol nos Alpes, onde morre 19 anos depois, em 23 de março de 1680, sem nunca ter tido a chance de retornar ao Vaux-le-Vicomte.

Com o passar do tempo, o castelo muda de nomes algumas vezes, como Vaux-Villars e Vaux-Praslin. Durante a Revolução Francesa, quase o castelo é demolido pelo governo. O castelo passou longos períodos de degradação. Tudo muda quando em 1875, Alfred Sommier, um rico industrial e amante das artes, compra o castelo e devolve o nome original do local, que é completamente restaurado com mobílias da época e passa a abrir o castelo para visitas. E a história não para por aí. Vaux-Le-Vicomte possui ainda um papel de destaque durante a Primeira Guerra Mundial. O local funcionou como um hospital militar e chegou a receber 1123 feridos.

Atualmente o castelo é aberto ao público entre o começo de abril e o final de outubro. Durante a visita, é possível ver algumas peças do mobiliário preservadas, visitar alguns quartos, como o quarto do Rei Louis XIV que, jamais foi utilizado, a sala de jantar do piso principal, as cozinhas e a adega. Na sala de jantar do piso principal, uma projeção reconstrói o cotidiano dos nobres no tempo de Nicolas Fouquet, como as grandes festas, regadas a muitas bebidas, muita comida e dança.

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